Ter medo do escuro não é algo exclusivo das crianças. Inclusive muitos adultos desenvolvem este trauma na infância e o carregam para o resto de sua vida. Essa condição é chamada de Nictofobia.
Nesta condição, o cérebro da pessoa, quando em ambientes de extrema escuridão, começa a alucinar e sugerir imagens e formas assustadoras, além de imaginar situações horríveis que poderiam acontecer devido a escuridão.
Esta é uma condição que nem sempre diz respeito a escuridão em si, mas a um trauma ou contexto que a mesma pode remeter ao se deparar com o escuro profundo.
Causas
Segundo pesquisadores, a Nictofobia costuma ter origem de um trauma ou experiência chocante, geralmente relacionada a infância da pessoa. Situações específicas que tenham causado extremo terror na criança, podem ser relacionadas a ambientes escuros, onde a pessoa se sente insegura.
Situações mais comuns como castigos isolados no escuro, filmes de terror, onde a temática da escuridão está sempre presente e atrelada ao medo, livros e histórias com temas de horror ou paranormais, costumam ser causas de um medo enraizado numa criança.
Outras condições mais traumáticas podem também estar relacionadas diretamente para um trauma mais pesado e ser desenvolvido, como violência doméstica, acidentes automobilísticos, desastres e ocorrências traumáticas, tal qual momentos de terror em um assalto/sequestro e afins.
Sintomas
Além do notável medo, as crianças costumam apresentar sinais que surgem como reflexos do temor ao escuro, como ficarem mais pegajosas, manhosas próxima a hora de dormir, dependência de algum objeto como ursinho de pelúcia, e insistência em dormir com um adulto ou com um pequeno foco de luz no quarto.
Alguns sintomas físicos e psicológicos também podem acometer as pessoas que sofrem de nictofobia, principalmente nos adultos. Os sintomas mais comuns são:
• Dores no corpo;
• Respiração acelerada;
• Palpitações no coração;
• Tremores;
• Temor de morrer;
• Medo de ser atacado de alguma forma;
• Sensação de terror interno.
Tratamentos
Existem formas de tratar e superar este medo. Mas ainda assim, mesmo os adultos, na maioria das vezes, sabendo que esse é um medo irracional, muitos se veem impotentes para lutar contra essa condição.
Sessões de terapias podem ajudar a entender os momentos de crise e superar o medo, indo desde a raiz do problema até seus gatilhos. Além disso, a terapia cognitivo-comportamental pode auxiliar no controle dos impulsos de ansiedade, aprendendo a lidar com o próprio estímulo do medo em si (escuridão).
Essa é uma condição que, a partir do momento que o transtorno interfere na vida da pessoa, deve ser tratada. Para isso é necessário consultar um profissional psicólogo ou até um profissional psiquiatra.